Entrevista com a arquiteta e urbanista Thaise Sacerdote
Por Maria Rodrigues
Não há como negar, o minimalismo se tornou tendência tanto como estilo de vida quanto como estilo de decoração e arquitetura. Caracterizado principalmente pelo uso de poucos elementos e soluções mais simples, o minimalismo tem ganhado cada vez mais seguidores.
Afinal, como aplicar o estilo para uma decoração com personalidade? Como distinguir o estilo de arquitetura para um estilo de vida? Para nos ajudar a entender melhor o tema, a arquiteta e urbanista Thaise Sacerdote, falará mais sobre o assunto.
Thaise Sacerdote é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Jorge Amado e desenvolve projetos autorais na área residencial e comercial. “Me identifico bastante com a arte e história, amo viajar e conhecer a arquitetura e cultura de cada lugar. Gosto de observar as pessoas, de ouvi-las e de traduzir em linhas o sonho de alguém. Gosto da importância que a arquitetura tem para a identidade visual de uma cidade, eu amo as possibilidades que a arquitetura nos apresenta”, contou.
Em entrevista para a Quatro Estações, Thaise Sacerdote nos fala mais sobre o estilo de vida e decoração minimalista. Veja o artigo completo:
Quatro Estações: O minimalismo vai muito além da decoração e arquitetura. Afinal, o que é minimalismo de maneira geral?
O minimalismo surgiu no início do século XX em New York, ganhando força mesmo na década de 1960.
Considero o minimalismo um estilo de vida no qual podemos aplicar em qualquer área de nossas vidas. O minimalismo é viver com o necessário, eliminar não somente os excessos materiais, mas como também excessos em compromissos e obrigações que não são prioridades.
O estilo busca trazer o nosso foco para as pessoas e não objetos, nos convida ao abandono do consumo para obter somente aquilo que seja funcional e necessário.
Mies Van der Rohe, um dos percussores do movimento minimalista, tinha como características de seus projetos o estilo e foi dele que surgiu a frase “menos é mais”.
No Brasil, como exemplo, posso citar Oscar Niemayer que com seus traços curvilíneos abordou o minimalismo como poucos, o que é muito presente na cidade de Brasília onde podemos observar tanto pela ótica do urbanismo como também da arquitetura.
Quatro Estações: E na arquitetura, como o minimalismo se traduz?
Os projetos possuem uma estética limpa, com espaços amplos, formas e volumes, grande uso de aço, vidro e concreto. Existe uma grande valorização por iluminação natural e logo notamos grandes janelas nesses projetos. O minimalismo na arquitetura se mostra na forma geométrica, com poucos elementos, design reto e uma paleta de cores neutras.
Podemos dizer que é uma das mais impactantes traduções da personalidade na arquitetura, geralmente com um grande traço de sofisticação, elegância e calmaria.
Traduzir o minimalismo em um projeto arquitetônico é sempre um desafio para nós, profissionais de arquitetura e decoração, pois é ainda mais necessário criarmos uma harmonia entre os ambientes e os mobiliários que irão compor o ambiente. Vale dizer que não só o traço arquitetônico tem que abordar o minimalismo, mas sim toda a composição, desde a escolha do revestimento, a pintura e escolha do mobiliário.
Quatro Estações: Como aplicar os conceitos minimalistas em ambientes residenciais e comerciais?
Praticamente da mesma forma, deixando o ambiente esteticamente limpo, garantindo assim espaços amplos e mais funcionais.
No ambiente residencial existe a busca da sensação de refúgio, conforto e leveza, dessa forma, utiliza-se poucos objetos, sendo com tons neutros e vãos livres entre eles.
No ambiente comercial, o conceito minimalista visa a necessidade de deixar o ambiente leve utilizando tons neutros, espaços amplos para que os profissionais se sintam mais confortáveis, tornando o dia a dia mais leve.
Quatro Estações: Qual a principal tendência na decoração minimalista?
O uso de poucos objetos para a decoração, móveis com design simples e geométricos, ambientes amplos, arejados e integrados. Valorização da iluminação natural e materiais como o vidro e aço.
Quatro Estações: Como eliminar os excessos para tornar algo minimalista, mas sem perder a personalidade e originalidade no projeto?
Como abordei anteriormente, considero o minimalismo também um traço de personalidade. Então, sempre aconselho utilizar mais objetos personalizados e impactantes visando ressaltar a amplitude do ambiente, como também trabalhar volumetria e focar em um ambiente por vez.
A ideia é expressar a essência de cada material.
Quatro Estações: Quais itens decorativos e peças chaves para fazer uma decoração minimalista?
Em ambientes não tão extensos, é sempre aconselhável a utilização de espelhos visando dar uma sensação de amplitude no ambiente. A utilização de poltronas e sofás mais geométricos, retos ou curvados tendem a destacar o minimalismo, sobretudo quando utilizados em contraposição ao traço arquitetônico.
Vale dizer que se o traço é mais reto, utilizar os mobiliários mais curvado tende a valorizar a estética do ambiente.
Arranjos florais e vasos de plantas ajudam a quebrar um pouco a seriedade dos tons neutros. A ideia é que o mobiliário seja funcional.
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